Andei pensando essa semana em como o movimento de uma pessoa repercute na vida de uma outra, não exatamente de uma forma lógica. Por vezes, a decisão de uma amiga sua, ou de um casinho faz você repensar a sua própria vida e tomar decisões em cima disso, não porque fizeram nada relacionado a você, mas porque aquelas ações repercutiram de alguma forma na sua alma, trazendo novos motivos, novas razões, ou levando as que havia.
Tenho um caso de meses que viajou essa semana. Diz ser apaixonado por mim, mas viajou para outro país com amigos e amigas, mesmo sabendo que eu não poderia ir, mesmo sabendo que eu ficaria aqui estudando, sem nenhum ar fresco de férias bem aproveitadas.
Claro que cada um deve aproveitar o máximo de vida que a vida lhe dá, sem dúvidas, mas que rolou um ressentimento aqui dentro, rolou. O cara diz que é louco por você, fala com você todos os dias, o dia todo, diz que morre de saudades quando vocês não se encontram, mas, mesmo eu não podendo ir, ele arruma a mala e vai viajar com amigos e amigas por uma semana. E, vejam só, ainda ficou triste quando eu disse que ficaríamos sem nos falar esses dias, para dar um ar fresco. Imagina.. ele que viaja e eu que tenho que ficar aqui recebendo fotos da alegria e falando com ele para que ele não sinta saudades. Ah tá, espera..
O curioso é que foi só ele entrar no avião para que o rancorzinho criado em mim me desse a convicção de que está na hora de seguir em frente. De parar de me enganar também, porque eu já disse mil vezes pra ele que não vamos namorar, mas eu estou me prendendo também, afinal, só saio com ele, só faço planos com ele etc, mesmo sabendo que meu coração não bate perdidamente ali.
Foi aquele avião decolar para que eu me sentisse livre. Saber que vou andar nas ruas e não tenho o risco de esbarrar com ele por uma semana me pareceu de um frescor imenso. Como se eu me sentisse na liberdade de ser feliz com os outros sem a vergonha de esconder de mim mesma que eu consigo ficar bem "sozinha". Na verdade, o que me bateu foi uma vontade imensa de ser feliz com outras pessoas. Simples assim.
O curioso é que nessa mesma semana uma amiga minha praticamente tomou a decisão de terminar seu namoro para experimentar o voo solo pela primeira vez. O que é isso? Ficar "sozinha", não pular de um namoro para o outro, viver a delícia de se saber o que é sem uma muleta ao lado. E me intimou para saídas na fossa agendada.
Ventos novos? Não sei, mas tomara que melhores. Não posso deixar de pensar, contudo, como as decisões que outras pessoas tomam em suas próprias vidas me afetam. Se para melhor, que continuemos assim.
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