Archive for julho 2012

Teatro: Família Adams


Final de semana passado fui para São Paulo e, dentre vários programinhas muito legais, fui assistir Família Adams, no teatro Abril.

Como a peça estava sendo super bem recomendada, já fui cheia de expectativa de que seria uma ótima escolha. Eu assisti A bela e a fera no teatro Abril, anos atrás, e foi uma produção deslumbrante, então eu já esperava uma alta produção de Família Adams também. E não deu outra.. cenários maravilhosos, tudo muito bem pensado, harmonioso, muito legal ver tantos ambientes retratados no palco do teatro, né!? Sempre acho fantástico.

Tirando isso, a peça tem passagens engraçadas, então as 3 horas de peça (com intervalo de 20 minutos entre o primeiro e o segundo ato) passam com tranquilidade.

E são muitos profissionais envolvidos nessa mega produção, que conta com atores como Marisa Orth e Daniel Boaventura. Recebemos um folheto com várias informações, incluindo a ficha técnica da peça, e é incrível a quantidade de pessoas envolvidas. Maravilhoso!

A história se dá basicamente em torno do fato de Wandinha (conhecida por seu humor macabro e gosto por coisas escabrosas) ter se apaixonado e querer se casar, culminando em um jantar para conhecer os pais de Lucas (o escolhido de Wandinha), que envolve a família toda e muita confusão, é claro!

Bom entretenimento e quem nunca viu uma grande produção sairá de lá encantado, com certeza!



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Glamour


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Para Roma com amor



Fui hoje assistir Para Roma com amor (férias, eu te amo!). Fazia um tempinho que não ia ao cinema (com tantos estudos e bares no meio do caminho hahaha), então aproveitei e fui hoje.

Antes de comprar o ingresso, dei uma pesquisada nas opiniões e não vi ninguém achando que era algo de outro mundo - alguns até não gostaram, na verdade. Mas fui ver.. Woody Allen, Penelope Cruz, Roma.. ah.. let`s give it a try!

Curti! De fato, como li, conta-se quatro histórias diferentes, que não se encontram em nenhum momento. Tinha lido pessoas insatisfeitas que nenhuma das histórias tinha sido muito desenvolvida, ou seja, que terminaram o filme com o sentimento de que faltava alguma coisa.

Discordo. Acho que as histórias eram exatamente aquelas.. Um cara  que experimenta 5 minutos de fama por nenhum motivo, a turista que conhece o amor em Roma, o namorado que se apaixona pela amiga da namorada e o cara que quer impressionar sua família e acaba por ter que apresentar uma prostituta como sua mulher em vez da própria.

Acho que nenhum filme teria sido bom se feito com apenas um desses personagens, pois acabaria enfadonho. O cara que ganha a fama sem razão carrega uma clara crítica à nossa era do exibicionismo e obsessão por pseudo celebridades sem nenhum talento que justifique isso. Acho que caracterizou bem a situação, deixou seu recado crítico e ir além aquilo teria sido desnecessário para passar a mensagem.

O que mais me chamou atenção foi, curiosamente, o personagem do Woody Allen. Digo curiosamente porque já vi muitos filmes deles, e em nenhum o personagem dele me agradou a ponto de eu considerar o melhor do filme. Em Para Roma com amor, na minha opinião, ele é o melhor! Ri bastante com o aposentado que teve diversas tragédias profissionais por estar "à frente do seu tempo" hahahaha

Recomendo! Agradável! Ah.. e claro.. Roma, belíssima personagem!

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Homem-Ossanha: o que diz ´vou´ e não vai (Xico Sá)

É tempo de homens frouxos e perdidos, baby. Homens que não pegam no tranco. Homens que estão sempre confusos.

Melhor: “cafusos”, como na blagle do gênio Didi Mocó -”eu tô cafuso, eu tô cafuso”.

E não me venham mais, caros colegas de perdição, com essa história de que estamos zuretas por causa do avanço da fêmea e outros chabadabadás etc etc. Isso é coisa para simpósio, café filosófico, Casa do Saber etc.

Caí nesse conto do varejo sociológico, mas agora me rebelo. Estamos perdidos por preguiça sentimental mesmo. Pura acomodação. Não tiramos a bunda do sofá. Seja para ver um Madureira x Brasiliense ou para ver o título do Corinthians na Libertadores.

Fingimos que estamos reagindo aos sinais dos tempos. Necas. Não confundam metrossexualismo com sensibilidade. Usar um creminho e depilar o peito, nos casos mais extremados, não é ser um hétero com alguma delicadeza. Muito pelo contrário.

Estamos onde sempre estivemos: acomodados à repetição da rotina. Homem ama quando o garçom pergunta: “o de sempre, doutor?”É deveras confortável. Daí levamos o conforto do botequim para todos os lugares.

Daí esquecemos o pedido mais óbvio e silencioso das mulheres: “Me surpreenda, miserável!”

E, amigo, se ela tiver que verbalizar esse pedido implícito nos seus olhos e gestos, adeus, estamos lascados. É que já estamos no atoleiro moral do namoro ou casamento.

Nossa boa forma de usufruir o melhor dos mundos é fácil. É só aplicar o lema dos escoteiros: “Sempre alerta”.

Sempre ligado para ler os sinais no rosto delas. Ler principalmente os olhos, as entrelinhas, os silêncios ao dobrar a esquina etc. Não deixar que ela se entregue a divagações com os farelos dos pães do café para nós dois.

Se você dá chance à metafísica dos farelos, já era. Logo mais a danada vai alegar um tal de retorno de Saturno, vai ficar toda mística, e adeus. Todo cuidado é pouco com todas as fêmeas, mas, por favor, atenção redobrada às mulheres que chegam ali por volta dos 28.

Idade fatalíssima. Mais esforço, hombres. Também estou tentando.

O que nos mata é esse eterno “Canto de Ossanha”, como no samba de Vinícius de Moraes e Baden Powell: “O homem que diz vou/ Não vai!”

Nunca estivemos tão vacilões. Canalhas primários. Só prometemos. Dizemos que vamos e… “puerra ninguna”, como diz meu papagaio paraguayo no seu portunhol selvagem.

Matamos até aquela clássica exclamação rosada das bochechas femininas: “Você só quer me comer!!!”

“Quem dera”, elas riem da nossa cara. Nem isso. Muitas vezes nem isso, como me contam aqui, na apuração da tese de boteco, as minhas lindas Gi,Dri,Mi,Bi,Fá,Só, Lá,Si…Dó! SP ama encurtar os batismos, eu acho ótimo e afetivo.

Passo a régua com um haikai que fiz um madruga dessas, no mercado do Peixe, Salvador, Rio Vermelho: Você vem, mexe, assanha /depois fica no vai não vai/ parece “Canto de Ossanha”.

(Xico Sá)

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